Pauline Vie e Rui Dolores participaram no XTERRA França, onde conquistaram a 5ª e 14ª posições respetivamente.
No domingo, dia 7 de julho, realizou-se em Xonrupt Longemer, França, uma das provas mais competitivas do XTERRA Europe e a primeira Gold da época.
Na 9ª etapa do XTERRA Europa estiveram presentes os melhores atletas da elite desta competição, inclusive o espanhol Ruben Ruzafa, vencedor das últimas cinco edições desta etapa.
Com a temperatura da água a 24º, a natação foi realizada sem fato isotérmico e com Rui Dolores a nadar no grupo principal até metade do percurso. «No retorno da última boia abri um espaço e acabei por me inserir até ao final num pequeno grupo mais lento, perdendo cerca de um minuto para os principais atletas.» O triatleta saiu com Arthur Forissier, Arthur Serrieres, Ruben Ruzafa e Francois Carloni a um minuto do primeiro grupo. «O segmento de BTT foi mais longo do que o habitual, com 40km, onde consegui encontrar um bom ritmo e ter boas sensações.» Dolores alcançou alguns atletas em prova e fez a segunda transição na 5ª posição. «Apesar de conseguir um bom ritmo, este não se revelou suficiente para alcançar o 4° atleta que estava a cerca de 1’30”, mas cheguei à meta segundos depois». O triatleta nacional fez o tempo de 3:02:05, a apenas a 6’’ do 4º classificado, o francês Maxim Chane, que completou a prova em 3:01:59. «Foi a prova mais competitiva desta época até agora», afirma Rui Dolores.
Os dois primeiros atletas a passar a meta do XTERRA França foram Arthur Forissier e Arthur Serrieres, ambos de nacionalidade francesa, com os tempos de 2:54:32 e de 2:54:41. O terceiro lugar do pódio foi alcançado por Ruben Ruzafa, o espanhol que tinha vencido esta prova de 2014 a 2018.
Na competição feminina Pauline Vie conquistou a 14ª posição
Pauline Vie deu um salto competitivo nesta época, considerada jovem revelação em algumas provas do XTERRA Europa 2019. Com dois pódios alcançados, a atleta sabia que seria uma prova dura, a mais competitiva da época, com um segmento de BTT muito técnico, 40km de 1100 metros de desnível positivo e «as suas míticas rampas» e uma corrida com 300d+.
«Sendo quase 70 pros em prova, consegui manter-me nos pés a nadar o que me fez sair perto da Morgane Riou», explica Pauline.
Pauline iniciou o segmento de ciclismo com boas sensações, a controlar a distância, quando o inesperado aconteceu: a triatleta perdeu o selim, sem saber explicar semelhante situação: «A partir do momento em que perdi o selim, desistir não era opção, mas sabia que já não me encontrava na competição para o top 10». Sem maneira de voltar a colocar o selim, e sem assistência técnica que permitisse resolver fosse o que fosse, Pauline Vie continuou em prova a 25km de terminar o BTT. «Em 25km devo ter realizado apenas 1km a andar com a bicicleta.» Pauline Vie nem pensou muito bem no que estava a acontecer durante aquele segmento, mas pagou a fatura na corrida. «Quando comecei a correr o corpo lembrou-se de chamar a atenção. Nem tinha força para levantar bem os joelhos nas partes mais técnicas, o que me fez cair duas vezes tal era o cansaço acumulado. A segunda queda foi pior porque bati com a cabeça, o que me fez correr o resto um pouco tonta.»
Estes contratempos podiam ter-se revelado impeditivos de terminar a prova, o que só não aconteceu aconteceu porque Pauline Vie mostrou uma resiliência enorme: «Há coisas que não podemos controlar, mas podemos controlar a nossa reação perante as coisas. Não deixem de acreditar e lutar pelo que vos faz vibrar», remata a triatleta.
Depois de 9 etapas realizadas das 14 do XTERRA Europa, Rui Dolores mantém-se na liderança, enquanto Pauline Vie está na 8º posição do ranking.
Boa sorte aos nossos triatletas nas próximas provas!