Programa de Dinamização de Paratriatlo em Portugal 2021
A igualdade é um direito fundamental presente em todas as sociedades democráticas que tentam lutar por um mundo mais justo. O desporto, e em particular o Triatlo, promove um estilo de vida saudável idealmente acessível a todos. Temos por isso o dever de combater as desigualdades, incentivando a prática de Triatlo incluindo todos os grupos que integram a sociedade, independentemente do género, idade, habilidade, etnia ou deficiência.
O Triatlo enquanto desporto eclético e moderno tem vindo a afirmar-se como um grande veículo de promoção de um estilo de vida saudável. Tendo presente o potencial que encerra, julgámos ser pertinente alargar e incentivar a sua prática, maximizando o acesso e a participação em atividades físicas.
O Paratriatlo como modalidade olímpica associa-nos também ao Comité Paralímpico de Portugal, assentando os principais valores na “Igualdade, Inclusão e Excelência Desportiva”. O grande marco na história da nossa modalidade aconteceu nos Jogos Paralímpicos, no Rio Janeiro em 2016, onde o Paratriatlo obteve a sua estreia como modalidade parolímpica.
Desde 2018 que a FTP desenvolveu diversas ações com o objetivo de fazer crescer o potencial do Paratriatlo, dinamizando ações específicas nesse sentido, abrindo o quadro competitivo, realizando provas internacionais ou organizando o Curso Internacional de Classificadores. A partir daí, estavam lançados os pressupostos de funcionamento desta especificidade da modalidade, com uma procura crescente por parte de associações e clubes licenciados para receber atletas, a base para que os atletas treinem e participem em competições, integrando-se na modalidade de modo a proporcionar a sua evolução.
A FTP é atualmente é membro da European Triathlon Union (ETU) e World Tiathlon (WT), federações europeia e mundial de triatlo. Também é membro do Comité Olímpico de Portugal (COP), com assento na Assembleia Plenária e membro fundador da Confederação do Desporto de Portugal (CDP).
Os principais objetivos da World Triathlon (WT) que se pretende adaptar à realidade nacional, são:
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Divulgar o Paratriatlo, incentivar a sua prática e dar a conhecer a modalidade para que consequentemente a participação também aumente;
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Formar e preparar Recursos Humanos para que se encontrem preparados para receber de braços abertos qualquer interessada/o a praticar a modalidade;
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Desenvolver o Alto Rendimento para o desporto adaptado;
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Abrir caminho ao projeto de Paratriatlo tendo como função, no futuro, supervisionar o desenvolvimento da modalidade para que seja garantido o sucesso da mesma;
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Fomentar a presença de princípios éticos e fair play, construindo um sistema de classificação justo;
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Trabalhar em conjunto com entidades que promovam valores, partilhem os mesmos objetivos nomeadamente o aumento de prática desportiva e que estejam interessadas em contribuir para bom desenvolvimento do Paratriatlo.
Pretende-se adaptar o método de classificações para minimizar quaisquer desvantagens que os atletas possam ter e sentir no seu desempenho desportivo: estas classificações originaram nove classes desportivas que competem num total de seis provas diferentes: o PTWC1 e PTWC2 (usuários de cadeiras de rodas), PTS2 (deficiências graves), PTS3 (deficiências significativas), PTS4 (deficiências moderadas), PTS5 (deficiências leves), PTVI1 (deficiência visual total, PTVI2 (deficiência visual parcial) e PTVI3 (deficiência visual parcial menos grave)
A FTP criou o Programa de Apoio aos Clubes de Paratriatlo (PACP), no sentido que estes tenham apetrechamento, formação de agentes desportivos e dotação financeira para desenvolver a sua atividade nesta área.