Preparar o sistema imunitário para responder aos estímulos nocivos é uma preocupação que deve permanecer constante
Para o atleta este é um tema de grande interesse pois a sua saúde e performance podem ficar comprometidas caso não sejam prestados alguns cuidados.
A intensidade de treino está relacionada com a probabilidade de contrair doença, principalmente infeções do trato respiratório superior. Atletas de elite encontram-se especialmente em risco pois, comparando com atletas recreativos, apresentam uma maior carga e intensidade de treino que levam a maior stress metabólico e gasto energético. Os atletas doentes e/ou com o sistema imunitário fragilizado terão uma menor capacidade de resposta ao treino e, consequentemente, menor rendimento.
Será que a alimentação pode ajudar na prevenção da doença e melhoria do sistema imunitário do atleta? Sem dúvida, uma alimentação variada, que supra as necessidades nutricionais do atleta, irá fornecer-lhe a energia e substratos essenciais para manter o sistema imune capaz de combater os agentes patogénicos do meio.
Para manter um sistema imunitário eficaz seguem algumas diretrizes suportadas com a evidência atual:
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Garantir uma alimentação de elevada qualidade e prevenir o défice nutricional de macros e micronutrientes (antioxidantes, vitaminas, minerais);
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Não restringir os hidratos de carbono, consumir especialmente antes, durante e depois do treino, principalmente se for um treino longo;
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Manter-se hidratado – promove, por exemplo, a síntese de IgA salivar (↑ Imunidade);
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Evitar grandes períodos de restrição energética/ jejum;
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Promover a síntese de vitamina D (contacto da pele com o Sol) de forma a manter a saúde óssea e vários processos imunológicos;
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Eventualmente: suplementar com prebióticos e probióticos.
Para além dos agentes patogénicos do meio, a imunidade do atleta pode estar comprometida devido a fenómenos de ansiedade/ stress psicológico, poucas horas de sono (menos de 6 horas de sono por noite), Overtraining e défice calórico.
Com o apoio da Nutrição, o objetivo principal é que o atleta apresente disponibilidade energética e os devidos substratos (glicose, aminoácidos, ácidos gordos, antioxidantes como a Vitamina C) para evitar a doença e manter o rendimento.