Este fim de semana realiza-se a mais icónica prova de IRONMAN do mundo!
Por mais de quatro décadas, o IRONMAN World Championship reuniu os melhores atletas do mundo. A corrida inaugural de Kona foi realizada em 1978, um desafio lançado aos atletas bem-sucedidos em provas de natação e resistência. Judy e John Collins, da Marinha de Honolulu, propuseram a combinação das três provas de resistência mais difíceis do Havaií – o Waikiki Roughwater Swim, com 3,9 km de extensão, a Around-O’ahu Bike Race com 180km e a Maratona de Honolulu, com 42,2 km – num só evento.

Em 18 de fevereiro de 1978, 15 pessoas foram a Waikiki para enfrentar o desafio IRONMAN. Antes das corridas, cada atleta recebeu três folhas com as regras e a descrição do percurso: «Nade 2,4 milhas, pedale 112 milhas, corra 26,2 milhas… Será elogiado para o resto da vida!», dizia na última página. Em 1981, a corrida mudou-se das costas tranquilas de Waikiki para os áridos campos de lava de Kona, na grande ilha do Havaí. Os atletas participaram ao longo da costa de Kona, dominada pela rocha negra de lava, enfrentando o sol escaldante e temperaturas de 35 grau, lutando contra o ho’omumuku e os ventos cruzados de 70 km/h.

A dedicação e coragem demonstradas pelos participantes no Campeonato do Mundo do IRONMAN materializam o slogan ‘anything is posible’ – tudo é possível. No dia 12 de outubro, mais de 2.000 atletas embarcarão numa jornada de 140 milhas que apresenta o melhor teste para o corpo, mente e espírito. Tudo para ganhar o título IRONMAN.

Os portugueses vão estar representados por Sérgio Marques, Rui Narigueta, Carlos Cruz, Pedro Rui Silva e Nuno Fernandes. A acompanhar a comitiva portuguesa encontra-se o Hélder Milheiras que será um apoio incansável no percurso com dicas certamente importantes para que os atletas alcancem os seus objetivos.

Kona, 9 outubro… três dias antes do Campeonato do Mundo de IRONMAN 2019!

Por Hélder Milheiras, diretamente de Kona, Hawaii, onde tem acompanhado diariamente a rotina dos portugueses em prova

Olá a todos!
No momento em que escrevo estas linhas, estamos sensivelmente a três dias do tiro de partida para mais uma edição do tão aguardado Campeonato do Mundo de IRONMAN.

Há cerca de uma semana na ilha, os nossos cinco atletas estão já ambientados ao calor e humidade, começando a focar-se na prova.

Já está feito o registo e os briefings, este ano com grandes novidades nas partidas separadas (wave start) entre AG, com as regras bem definidas para se dirigirem à partida.

Os atletas estão confiantes, entrando neste momento naquela fase em que se colocam algumas dúvidas quanto ao dia da prova. Como estará o corpo? Será que estará mais calor do que na semana passada? E a humidade? E o vento? As questões habituais!

Mas repito que todos parecem bem física e mentalmente. E para isso têm sido importantes os momentos de convívio entre todos, quer nos treinos quer fora deles, como aconteceu no jantar convívio realizado há uns dias.

A época vai longa, com o slot garantido há já alguns meses: África do Sul (Pedro Rui Silva), Lanzarote (Sérgio Marques e Rui Narigueta), Cairns (Nuno Fernandes) e Vitoria (Carlos Cruz), e com ela os longos meses de treino, que conferem uma confiança extra.

Este ano temos dois estreantes, o Rui e o Nuno, que têm aproveitado cada momento do dia, tendo já pedalado e corrido na Queen K e na Ali’i drive, ficando com uma ideia do que os espera na prova (previsão 30.31 graus com sensação térmica de 35º, e humidade a aumentar até sábado para atingir 75%.

Os vários atletas que vão participar neste Campeonato do Mundo partilharam as suas sensações, expetativas e aspirações: «Primeiro ano na ilha maravilha! A adaptação está a ser boa e as sensações também, fruto das muitas horas de trabalho para a preparação desta prova», explica Rui Narigueta. Como objetivo da prova, o atleta diz que «é dar o melhor, tentar não cometer erros e que a sorte esteja deste lado pois também é precisa. Se tiver um desempenho similar a Lanzarote fico muito satisfeito».

Quanto ao Nuno Fernandes, pela primeira vez em Kona, partilhou que esta competição «supera todas as expectativas em matéria de ambiente pré prova. Quanto à prova é ter ‘respeitinho’ pela distância e acima de tudo pelas condições da Maratona. Vai ser um grande dia!»

Os três restantes atletas são repetentes, com destaque para o Sérgio Marques que compete pela 8ª vez, a segunda como amador, e que tentará realizar mais uma boa competição como tantas que já conseguiu no passado, e que em 2018 lhe valeu o terceiro lugar!

Igual desejo tem certamente o Carlos Cruz que como dizia hoje: «Espero mais um ano para aprender a lidar com as difíceis condições climatéricas da ilha. Só quero desfrutar da prova e acabar bem». Partilhamos também esse desejo, conscientes do valor do Carlos, um dos melhores AG da atualidade.

E, finalmente, o Pedro Rui Silva, um dos mais mediáticos atletas do nosso pelotão e que, após um conjunto de azares logísticos na chegada à ilha, já está em modo cruzeiro para um grande dia, à imagem do que sempre ambicionou. «Dia 12 de outubro irei realizar o meu 4° Ironman com a minha 2° participação no Hawaii. Uma prova fabulosa, num local especial com condições extremas.» Para a competição, Pedro Rui Silva estará na máxima força: «Daremos tudo e mais aquele pouco para fazermos a melhor prova possível, num evento com os melhores do mundo do triatlo, onde o nível competitivo é elevadíssimo.»

E, numa crónica que já vai longa, ficam as palavras do Pedro, partilhadas por todos os atletas e sublinhadas por mim:

«Sábado, contamos com o vosso apoio ao longo do dia. Obrigado a todos»!

Aproveitando o momento, fica ainda para leitura as crónicas do Hélder Milheiras em Roth, seguramente o evento mais desejado da Europa, e Vitoria-Gasteiz, naquela que foi até hoje a prova de Longa Distância com maior participação nacional.

Portugueses brilharam naquela que é considerada a melhor prova de triatlo do Mundo

Foram muitas as provas de longa distância que contaram com a participação dos nossos triatletas nacionais, entre elas a 36ª edição do consagrado Datev Challenge Roth que se realizou no dia 7 de julho de 2019.

Participaram em Roth mais de meia centena de triatletas, naquela que foi, até hoje, a maior comitiva portuguesa de sempre numa prova de longa distância fora do país, e só batida no IM Vitória-Gasteiz. Destaque para a participação feminina portuguesa na prova, com a nossa única atleta profissional na distância, Vanessa Pereira, e ainda com três outras atletas “Age Groups”, Sara Sá, Ana Leal, Teresa Sepúlveda.

Em termos de resultados desportivos, realce em primeiro lugar para a elevada percentagem de finishers, apenas com uma única desistência por motivos de saúde.

No setor profissional, Vanessa Pereira conquistou um excelente 12º lugar com uma ótima marca de 9h37, após mais uma prova muito sólida nos três segmentos, deixando assim excelentes indicações para o futuro.

Igualmente ao mais alto nível, no lado masculino, estiveram os nossos Age Groups, com os irmãos Márcio Neves (35-39) e Valdo Neves (40-44) a conseguirem baixar a desejada e mítica marca das 9h00, respetivamente com 8h42 e 8h53, conquistando ambos o 2º lugar no seu AG e levando bem alto a bandeira nacional.

Destaque ainda para os excelentes tempos finais no AG 35-39 para os atletas Filipe Marques (9h12) e Duarte Pais (9h17), e ainda para a fantástica estreia do atleta José Galvão no AG 50-54 com um tempo de 9h38 (6°AG).

Em termos globais, os atletas portugueses cruzaram a meta com um tempo médio de 11h00, o que expressa bem a qualidade das prestações com 41 atletas abaixo das 12 horas.

O dia terminou com um agregado de dois atletas abaixo das 9h, quatro abaixo das 9h30, 13 atletas abaixo das 10h, 28 abaixo das 11h.

Uma palavra especial para a estreia na distância do atleta Nuno Ryder (45-49), um dos AG mais acarinhados do nosso pelotão. O Nuno concluiu o seu desafio em 13h44, e ao longo do dia inspirou e motivou todos aqueles que com ele se cruzaram, sempre com um sorriso e uma palavra de incentivo. Por tudo isso, pelo seu esforço e pela sua coragem, parabéns Nuno!

Todos estamos conscientes que estes resultados refletem o muito trabalho que tem sido realizado por clubes, treinadores e dirigentes, com reflexo no natural crescimento do número de atletas licenciados e praticantes de Triatlo de Longa Distância.

A Federação de Triatlo de Portugal reconhece e enaltece este trabalho, tendo-se associado a esta comitiva nacional e disponibilizando, nesse sentido, serviços e meios, criando também condições logísticas ao nível do transporte de bicicletas e equipamento. O objetivo passou por proporcionar condições favoráveis aos atletas, minimizando o impacto na sua fase final de preparação para a prova.

Muitos parabéns a todos!

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Invasão tri tuga ao país Basco.  IRONMAN com a maior participação portuguesa de sempre!

Realizou-se no passado dia 14 de julho a primeira edição do IRONMAN Vitoria-Gasteiz, uma prova com um longo historial, mas que apenas em 2019 passou a fazer parte do circuito internacional de IRONMAN, oferecendo 40 slots para o desejado Campeonato do Mundo de IRONMAN, em Kona, Hawaii, que se disputa já no próximo dia 12 de outubro.

Esta novidade, aliada à facilidade logística dos triatletas nacionais na deslocação ao País Basco, e as características “acessíveis” dos percursos, provocou uma verdadeira invasão tuga. Se na semana anterior, tivemos no consagrado Challenge Roth um recorde com meia centena de triatletas portugueses, esse número foi largamente superado, com mais de 80 triatletas em prova, demonstrando que, com um pouco mais de apoio logístico e de divulgação, é possível em 2020 superar os 100 atletas nesta espetacular competição do circuito mundial.

Entre os mais de 80 triatletas que representaram Portugal, a comitiva contou com três atletas femininas, sendo os restantes atletas do escalão masculino distribuídos pelos diversos AG, desde o AG25-29 até ao AG65-69, o que demonstra que a paixão pela Longa Distância não tem idade.

Em termos de resultados desportivos, de entre os 79 finishers, destaque naturalmente para os desempenhos de alguns dos nossos melhores AG nacionais, como é o caso do triatleta Carlos Cruz, que efetuou uma prova brilhante, conseguindo o 2º lugar no AG45-49 com 9h05m, e garantindo o ambicionado slot para o Mundial, onde se juntará aos restantes quatro portugueses já apurados e a quem, desde já, desejamos toda a sorte e que consiga atingir os seus objetivos. Parabéns!

Destaque ainda para o pódio do nosso atleta menos novo, Francisco Farrajota, que alcançou com 13h23m um pódio com um 3º lugar no AG 65.69, demonstrando aos mais jovens que não há impossíveis. Parabéns Francisco!

Realce igualmente para o top5 alcançado pelo Paulo Margarido no AG50-54, com 9h35m, que apesar da excelente prova ficou a um lugar de regressar ao Hawaii, onde já representou as cores nacionais. Parabéns Paulo.

Uma palavra de reconhecimento e de felicitação especial para as nossas três atletas femininas, todas elas finishers (Marta Andrade 12h06 e Sofia Lopes 14h05, no AG40-44, e Emma Yates 12h44 AG45-49). Parabéns!

E, como não podia deixar de ser, os parabéns são extensíveis a todos os restantes atletas, masculinos e femininos, que tão bem representaram Portugal, facto que a Federação de Triatlo de Portugal reconhece e agradece. Esperamos por todos brevemente numa outra prova de longa distância por esse mundo fora. E cá estaremos para relatar os vossos feitos!

Uma última palavra, de incentivo, aos atletas que por motivos diversos não puderam concluir as suas provas, e aos quais desejamos uma rápida recuperação e o desejo de terem regressado o mais brevemente possível às habituais rotinas de treino.

Todos estamos conscientes que estes resultados só foram e são possíveis fruto do muito trabalho que tem sido realizado por clubes, treinadores e dirigentes, com reflexo no natural crescimento do número de atletas licenciados e praticantes de Triatlo de Longa Distância.

A Federação de Triatlo de Portugal reconhece e enaltece esse trabalho e, nesse sentido, procurará já na edição de 2020 disponibilizar os seus serviços e meios para que seja possível aumentar a comitiva, e para que estejam reunidas condições logísticas favoráveis aos atletas, minimizando o impacto na sua fase final de preparação para a prova, à semelhança do que já efetuou com sucesso noutras provas.

Queremos e contamos continuar a apoiar a Longa Distancia naquilo que for possível, com destaque para apoiar os nossos Age Groups.

Temos os melhores Triatletas e Age Groups do mundo! A todos, muitos parabéns.