Realizou-se a Taça do Mundo de Triatlo em Braço de Prata, Marvila, Lisboa
Dia 22 de maio, Lisboa recebeu a Taça do Mundo, a segunda prova de qualificação olímpica da época de Triatlo, competição da elite masculina disputada na distância standard que contou com os melhores triatletas mundiais. Esta competição foi organizada tendo em conta as limitações impostas pela DGS cumprindo as contingências e protocolos associados.
Dois atletas portugueses alinharam na partida da elite masculina: Ricardo Batista que conquistou uma excelente 12.ª posição e Alexandre Nobre que não terminou a competição.
Com uma start list muito competitiva incluía nomes como os noruegueses Kristian Blummenfelt, número 1 do ranking mundial, Gustav Iden, ambos na quarta posição na Estafeta Mista no dia anterior, Mario Mola, três vezes campeão do mundo em 2016, 2017, 2018, Marten Van Riel, que em 2019 fez top 5 em 10 provas mundiais ou Jonas Schomburg, que alcança constantemente o Top 5 em competições internacionais, entre outros.
Ricardo Batista, triatleta do Clube de Natação de Torres Novas, fez um excelente 12.º lugar, com uma extraordinária prestação, pedalando constantemente na frente do ciclismo de um numeroso pelotão.
«Foi uma prova bem conseguida do princípio ao fim, senti-me bem nos três segmentos, a natação foi bastante controlada, saí bem posicionado perto da frente.» Batista manteve-se constantemente na frente do ciclismo por considerar que «mostra atitude compensando o desgaste de puxar no ciclismo que não é assim tanto, havendo outras desvantagens em ir ‘na roda’ dos outros já que se sente mais os arranques e as acelerações.» O atleta considera que conseguiu gerir bem a competição, sem desgaste de maior na bicicleta, com uma boa gestão da corrida, a controlar na melhor posição possível. «É sempre uma boa prova para ganhar experiência e sendo um dos atletas mais novos a competir não posso sair triste com um top15 numa prova com uma start list tão competitiva como esta! Já tinha feito dois top15 no ano passado, por isso o objetivo foi cumprido», conclui o atleta.
O treinador Paulo Batista ficou muito satisfeito com o resultado, afirmando que «o Ricardo tem demonstrado bons indicadores em treino, mas «sendo um dos dois atletas mais jovens em prova, este resultado sabe quase a uma vitória». O técnico explica que «sem hipótese de escolha da partida para a natação, mas com uma resposta muito positiva neste primeiro segmento, Ricardo fez uma transição muito rápida para o ciclismo onde conseguiu encostar ao primeiro grupo, optando por manter-se na frente do pelotão durante todo o segmento para controlar o que acontecia nessa zona, já que o pelotão era constituído por um grande número de atletas». Batista estava confiante na sua evolução do ciclismo e apesar de ser apenas a sexta vez que cumpria a distância olímpica, sabia que conseguia fazer os 10km a um bom ritmo! «A segunda transição não foi tão bem conseguida como a primeira, já que o Ricardo descaiu um pouco para a esquerda, em vez de entrar pelo lado direito onde estava colocada a sua bicicleta». Saindo em 20.º lugar da corrida, mas num grupo compacto de atletas, Batista forçou na fase inicial quando tinha o vento nas costas para aumentar o ritmo e encaixar num bom grupo de corredores que são uma referência desde que se iniciou no Triatlo como Mario Mola. «Fez um último segmento também a alto nível e quando Mola fez um arranque, Batista não o seguiu, temendo que pudesse ser demasiado por sentir um início de caibra», esclarece Paulo Antunes. O atleta conseguiu ganhar algumas posições no último segmento passando a meta na 12.ª posição.
Alexandre Nobre não se sentiu bem na natação, saindo da água ‘abafado’ e sem energia. «Não consegui encaixar no grupo perseguidor o que sentenciou a minha prova. Dei o meu melhor mas o corpo não reagiu!» afirma o triatleta do Sport Lisboa e Benfica.
O norueguês Kristian Blummenfelt mostrou a sua grande forma ao alcançar o ouro em Lisboa, uma semana depois da vitória em Yokohama, com vantagem de 8’ sobre Max Studer que, com 01:42:41, alcançou uma impressionante prestação depois de ter ajudado a sua equipa 24 horas antes a conseguir a qualificação Olímpica da Estafeta Mista. O espanhol Genis Grau ultrapassou Jonas Schomburg ao voar num impressionante sprint para o bronze, conquistando a terceira posição com 01:42:55.
Ricardo Batista ao alcançar a 12.ª posição ficou a um minuto e 11 segundos do vencedor.
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