Quarteira abre as portas no próximo fim-de-semana (2 e 3 de Abril) à elite do Triatlo internacional, com a 15ª edição do Triatlo Professor Carlos Gravata Cidade de Quarteira, prova que engloba a primeira Taça da Europa da temporada e a Taça de Portugal. Oportunidade soberana para alguns dos melhores triatletas nacionais conseguirem selar uma presença no Campeonato da Europa de Lisboa – Médis 2016 Lisbon ETU Triathon European Championship.
Quarteira é, desde há vários anos, uma prova muito apetecível para os melhores triatletas do Velho Continente, pelo facto de ser a primeira do calendário da Taça da Europa, mas também pelas agradáveis condições climatéricas que o Algarve oferece nesta altura do ano e pela qualidade organizativa.
Factores que justificam que a cidade do Concelho de Loulé seja paragem para alguns dos nomes mais cotados do “ranking” mundial. Este ano não é excepção, pelo que se destacam na “start list” masculina, nomes como os do francês Aurelien Rapahael, antigo campeão mundial de juniores e 37 do “ranking” da World Triathlon Series (WTS), Matthew Sharp, da Grã-Bretanha ou ainda David Fajardo ambos nomes habituais nas provas WTS.
Na “start list” da elite feminina, a irlandesa Aileen Reid, 9ª atleta do ranking WTS, é o nome a salientar, mas surge acompanhada pela brasileira Pamella Oliveira (26ª “ranking” WTS), da russa Alexandra Razarenova, entre outras.
Para a Selecção Nacional convocada por Bruno Salvador, esta prova aparece como um “trampolim” para uma temporada internacional em que o Europeu de Lisboa é o ponto mais alto.
Pedro Palma, de 25 anos, é um dos atletas nacionais com legítimas aspirações a uma presença no Europeu, em Maio. Uma qualificação especialmente saborosa para um atleta que teve a sua primeira internacionalização precisamente no Europeu de Lisboa de 2008.
“Estar no Europeu é a minha maior motivação desta temporada”, assume o triatleta do Sport Lisboa e Benfica, que venceu a Taça da Europa de Kiev, em 2014 e ainda espereitou uma qualificação olímpica:
“Nos últimos dois anos estive a treinar para uma possível participação olímpica e quando, a meio do ano passado, esse sonho acabou, o Europeu passou a ser o meu principal objectivo.”
E com o Europeu de Lisboa na mira, Pedro Palma traça uma meta muito concreta para Quarteira:
“Tendo em conta a minha experiência internacional e o trabalho que tenho vindo a desenvlver, o meu objectivo é o ‘top 10’ na Taça da Europa de Quarteira”
Na elite feminina, Ana Filipa Santos, do Rio Maior Triatlo, terá em Quarteira, no sábado, um dia especial. Por todas as razões:
“Para mim, será sempre uma prova para celebrar, pois faço anos. Assim, independentemente do resultado, terei sempre uma festa.”
A triatleta de 34 anos guarda recordações agridoces de Quarteira, ou como vai dizendo, entre o “bom” e o “menos bom”:
“O menos bom foi a minha primeira participação, em que deixei os nervos tomarem conta e fui 31ª. O bom foi na minha segunda participação em Quarteira, quando vinha de uma vitória internacional em Agadir e alcancei o 16º posto. Sinto que foi um pódio pois a ‘start list’ era muito forte.”
Este ano as perspectivas são boas, fruto do trabalho que tem feito na natação, o seu calcanhar de Aquiles. Mas para a Ana Filipa, como para todos os 37 atletas nacionais (elites e juniores), a aposta será muito forte, pois o Europeu de Lisboa está ao virar da esquina.